segunda-feira, 25 de abril de 2011

Tempo, mudanças, amor, um monte de coisa...

Existem duas coisas que tento muito aprender a lidar com elas. São: tempo e mudança. Tão parecidas e diferentes entre si. Já dizia uma velha amiga que temos abraçar, beijar. Acolher as mudanças. Trata-las bem e gostar delas. Elas são geniosas. E quase tão carente quanto eu. (risos) Se não tivermos cuidado podem nos destruir. Mas também nos fortalecer. Já o tempo... Ele é dono de si próprio. Não gosta de quem quer controlá-lo ou apressa-lo. Ele tem seu ritmo, seu movimento, seu balanço. Bem aqui estou falando de tempo e mudanças e veio-me a cabeça o amor... Esses dois me ensinaram muito sobre o amor. Hoje em dia posso afirmar que tenho um amor calmo, paciente. Um amor que mudou, mas não passou. Está quieto no seu canto, esperando sua hora chegar. E ele sabe que essa hora vai chegar. Mesmo que ela demore. Eu prometi a mim mesma que não falaria mais de amor, pois desconfiava que o sentido não estivesse nele. O sentido se encontra nas palavras. Mas as palavras também são feitas de amor. Eu, você, todos nós somos feitos de amor. Então desisti e me deixei levar por esse amor. Vou falar dele sempre que ele vier a minha mente, mesmo que o que fale não tenha sentindo ou nexo. Então voltando ao início. Temos que andar de mãos dadas com o tempo e a mudança.  E o amor? Esse é só se deixar levar por ele. Quanto mais se pensa menos sentido se encontra, então para que pensar tanto?

terça-feira, 12 de abril de 2011

Conflitos pessoais

Eu não sei degustar o que sinto. Me afobo, me perco, me atrapalho. O que era para ser bom torna-se destrutivo. E no fim eu sempre fujo. Dou como desculpa meu amor próprio e não minha covardia. Não consigo ir até o fim. Não sei o que é o fim. O fim é demais para mim. Conheço os inícios e os meios dos fins eu fujo. Eu nunca digo adeus. Entretanto a minha busca por sentido se entrelaça com a minha infinda busca por sentir. Mas quando sinto me atropelo. Cheguei a sonhar que um dia quando sentisse seria assim: A Deus, então foi isso que perdi todo esse tempo? Mas não. Comigo nada é tão simples assim. Só quero aquilo que não tenho. Não consigo ter os dois: sentido e sentimento. Talvez porque sentir não possua sentido ou o sentido não esteja no sentimento. Enfim se mandar-me optar por estar seca ou transbordando não vou saber escolher. Talvez estar meia seja a solução, mas eu não sei ser assim.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Outono

Me sinto tão vazia como uma árvore no outono. Minhas folhas murcharam e caíram. Algumas ainda estão esparramadas pelo chão e as outras já foram levadas pelo vento. Não ando pensando tanto, sentindo tanto, sendo tanto. Estou seguindo as estações. E se você me perguntar como estou agora. Vou responder-te: eu estou no outono.

Carta

Não sei o que escrever-te. Mas já que pediu minha palavras, estou aqui dando-as a ti. São as únicas coisas que eu tenho e agora estou aqui compartilhando-as contigo. A razão e o motivo disso é só porque te amo. Nada mais nada menos, só amor. Creio que sofremos do mesmo mal: SAUDADE. Saudade daquilo que já é nosso. Saudade do pronome possessivo meu. Saudade daquilo que já nasceu nosso como nossos pais e irmãos, saudades daquilo que conquistamos com o tempo como sua amizade. Saudade dói, né? A gente fecha os olhos e fica imaginando aquilo que já passou e dá uma vontade de voltar no tempo, imaginamos também as pessoas amadas e dá uma vontade de resgata-las de dentro dos nossos devaneios e abraça-las. Saudade dói, né? Aí nossos olhos se enchem de gotículas de dor e elas escorrem por nossas têmporas caindo ao chão e ferlizando a terra com nossa saudade. Depois disso talvez a dor diminua porque se torna uma dor sua e do mundo. Quem não sente saudade? Só quem não viveu. É amiga, saudade é um mal comum. Aflinge a todos nós meros mortais. Mas saudade passa, amiga. Tudo passa. O tempo se vai e leva com ele tudo. Só deixa o que é verdadeiro. No meu caso ele sempre me deixou você. E mesmo que ele tente te levar de mim eu não vou permitir, querida. O tempo é o senhor de tudo, mas você é mais minha do que dele. O que temos é algo único. Uma amizade muito nossa. Nossos destinos foram traçados na maternidade. Mesmo que não tenhamos nada em comum somos muito melhor juntas. Eu e você realmente somos uma dupla das boas. Portanto amiga de momento o que posso te dizer é: PACIÊNCIA. Espera a saudade passar. Ou então pensa no lado bom saudade. Você tem pessoas e momentos do qual sentir falta. Não é ruim querer algo de volta. Mas lembre-se a mim você sempre tem. Não precisa me querer de volta pois já sou tua. Contigo não tenho dúvidas em arriscar a palavra, amiga. Despeço-me de ti por agora. Por fim te digo. Come essa saudade como uma comida que você gosta e fazia tempo que não provava.