sexta-feira, 6 de maio de 2011

Diálogo [2]

- O que se diz quando não se tem nada a dizer?
-Nada.
-Então...Escuta o meu silêncio.
-Mas sempre foi você que teve as palavras.
-Hoje eu não as tenho. Não para ti.
- Mas eu não sei lidar com teu silêncio.
- É uma pena. Hoje é só o que tenho.
-Então é isso?
- O que?
- O fim
-Nunca tivemos um início ou um meio.
-Você foi a melhor coisa que já tive.
- Mas... Nós não estamos no passado.
-E nem temos um presente
-Isso não é minha culpa
-Eu não estou te culpando... Às vezes as coisas só se perdem...
-Então é isso mesmo?
-O que?
- O fim
- No final das contas os fins são inevitáveis. Mas não. Não é o fim. Nunca é o fim...É só uma pausa.
-Uma pausa?
-Sim
-Você me confunde.
-(pequeno riso) Não. Eu te amo. Só. 

2 comentários:

  1. Ownnn que lindo. Me apaixonei no final porque meio que enxerguei um chuck bass (?). E eu AMO o Chuck Bass *----------*

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  2. Fico tão feliz em encontrar uma escrita já madura em pessoas tão jovens de Brejo Santo. Isso só prova que essa juventude de hoje não faz parte daquele clichê barato de que o adolescente é alienado. É bem verdade que a leitura liberta e abre portas de luzes. Já admirava quando você chegava na sala de aula carregando sempre romances interessantes e a forma como você e outros (as) alunos (as) brilhantes interpretavam os textos nas saudosas aulas de literatura intermediadas. Admiro-me e envaideço de encontrar escritos como estes do seu blog, de David Júnior, de Kylder, de Lohanne, de Brenda... Continue a ler, a escrever, a descobrir novos autores. Você tem talento para a escrita! Adorei seu blog, Bárbara!

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